Direito é negócio e você, como advogado, deve investir no mundo do Empreendedorismo Jurídico.
Essa é uma afirmação que pode chocar muitas pessoas, porque existe um certo tabu de tratar a advocacia como negócio. Mas, felizmente, essa visão tem mudado aos poucos – e é você quem escolhe se fará parte dessa mudança agora ou se vai esperar a oportunidade passar.
Imagine que todos os profissionais de advocacia que não dominam o Empreendedorismo Jurídico começam do zero: não sabem gerenciar seus escritórios, suas finanças, suas agendas, suas estratégias de marketing…
Mas, se você aproveitar para adquirir esses conhecimentos, conseguirá gerar riquezas com a advocacia e chegará ao sucesso profissional saindo muito na frente.
Por isso, neste post falarei mais sobre o Empreendedorismo Jurídico e por que ele é o futuro da advocacia.
Acompanhe comigo os tópicos abaixo:
- O que é o Empreendedorismo Jurídico?
- Por que adotar o Empreendedorismo Jurídico?
- Quais são as outras opções na advocacia?
- Mas… O advogado pode ser empresário no Brasil?
- Quero ser um advogado empreendedor, e agora?
O que é o Empreendedorismo Jurídico?
O Empreendedorismo Jurídico é um novo jeito de encarar a advocacia – e é também o nome de um curso com metodologia própria que eu criei há alguns anos e que atualmente se chama Empreendedorismo Jurídico Maverick.
Essa nova maneira de encarar a advocacia surgiu a partir de um desafio pessoal que eu mesmo passei nos meus primeiros anos como advogado em meu próprio escritório: eu trabalhava demais, mas não conseguia obter a remuneração que esperava.
Depois de certo tempo, percebi que as limitações que aquela situação me impunha poderiam ser superadas se eu transformasse meus serviços advocatícios numa atividade empreendedora, me fazendo ganhar mais autoridade, clientes e dinheiro.
Foi nessa hora que comecei a estudar o mundo do empreendedorismo.
Com esses primeiros aprendizados, me tornei nessa época uma referência na área do Direito no Rio de Janeiro e obtive o sucesso financeiro que esperava. Mas isso veio com um grande ônus: eu trabalhava demais.
Assim, aprofundei meus estudos sobre empreendedorismo, dessa vez focando em aumentar minha produtividade para ter mais tempo disponível para minha família. E foi nesse processo que criei a mentalidade e a metodologia do curso Empreendedorismo Jurídico.
A metodologia de Empreendedorismo Jurídico se baseia nessas 6 principais áreas de estudo:
- Mindset
- Produtividade
- Finanças
- Gestão Estratégica
- Marketing Jurídico
- Vendas
Como você deve ter percebido, essas áreas de estudo não são ensinadas na faculdade de Direito – mas, paradoxalmente, são justamente elas que fornecem as ferramentas necessárias para o sucesso de um escritório de advocacia.
Portanto, quem domina as 6 áreas acima já sai na frente dos concorrentes no mercado.
Aplicando o método do Empreendedorismo Jurídico na sua prática de advocacia, você perceberá que é possível firmar uma base sólida no tripé abaixo:
- Se dedicar à sua paixão profissional;
- Ser bem remunerado;
- Não se sobrecarregar no trabalho.
Por que adotar o Empreendedorismo Jurídico?
O Brasil tem mais de um milhão de advogados, o que faz muita gente crer que o Direito está saturado no país. Mas isso não é necessariamente verdade.
Embora existam sim muitos profissionais formados, poucos estão preparados de fato para encarar a rotina da advocacia: há uma infinidade de profissionais medianos, que não conseguem se destacar.
E muito disso está relacionado ao fato de que eles não entendem o que o mercado exige.
Assim, se você investir no Empreendedorismo Jurídico, com certeza já começará um passo à frente dos demais.
Por exemplo: um dos fatores mais importantes para ter sucesso na advocacia é saber administrar seu próprio escritório. E isso vai além do conhecimento técnico necessário para realizar a atividade core da sua empresa (a advocacia).
É preciso ter conhecimentos como:
- Aprendizado constante;
- Capacidade de estabelecer parcerias;
- Foco nos clientes;
- Gestão de pessoas;
- Habilidades comerciais;
- Noções de finanças;
- Pensamento sistêmico;
- Resiliência.
Em outras palavras: gerenciar um escritório de advocacia é enfrentar uma série de obstáculos diários para crescer e alcançar suas metas, como qualquer negócio. Mas 99% dos advogados nem percebem isso ou o fazem de forma “intuitiva”, sem qualquer base técnica.
Quais são as outras opções na advocacia, além do Empreendedorismo Jurídico?
Mas você pode estar pensando: e além do Empreendedorismo Jurídico, que outras alternativas eu tenho?
Então, lá vai: advogar em empresas ou escritórios, aderir ao funcionalismo público, atuar em empregos de nível médio e abrir um escritório sem se preparar.
Abaixo, vou analisar cada uma delas conforme o tripé que citei anteriormente – se dedicar à sua paixão profissional, ser bem remunerado e não se sobrecarregar no trabalho. Olha só:
1. Advogar em empresas ou escritórios
Essa é uma das opções que muitos profissionais do Direito seguem na hora de escolher que caminho tomar; afinal, trabalhar em outra empresa ou escritório de advocacia pode ser mais “estável”, já que você terá um horário predefinido a cumprir e pode continuar advogando.
Por outro lado, é bem provável que você ganhe muito menos do que conseguiria lucrar tendo um escritório próprio, então, seguindo essa alternativa, você abrirá mão de ser bem remunerado – uma das bases do “tripé”.
2. Aderir ao funcionalismo público
No cenário de um mercado “saturado”, o funcionalismo público é sempre vendido como a solução para os problemas da vida do profissional de Direito, não é mesmo?
E sim, você provavelmente não se sobrecarregará no trabalho e terá um bom salário. Mas, nesse caso, terá que abrir mão de advogar. E será que vale a pena abrir mão da sua paixão profissional por isso? Eu penso que não.
3. Atuar em empregos de nível médio
Essa também é uma alternativa cada vez mais buscada no atual panorama. Por exemplo: é cada vez mais comum vermos bacharéis de Direito atuando como motoristas particulares em aplicativos como o Uber.
Nada de errado nisso, e esse caminho pode até trazer algumas vantagens, como escolher o horário para trabalhar (embora isso não seja garantido), mas provavelmente terá duas consequências ruins: você provavelmente ganhará muito menos do que poderia como advogado e, novamente terá que abrir mão da sua paixão profissional.
4. Abrir um escritório sem se preparar
Sim, mesmo abrir um escritório pode se tornar um problema na sua vida profissional se você não estiver preparado para isso.
Pode ser que você não precise abrir mão de atuar como advogado, mas provavelmente ganhará muito menos do que poderia se estivesse preparado – e, como aconteceu comigo, provavelmente irá se sobrecarregar com o seu trabalho.
Felizmente, se você investir e se preparar por meio do Empreendedorismo Jurídico, “abrir um escritório” pode se tornar o que você sempre sonhou, dominando todos pilares do tripé que, reforçando, são: se dedicar à sua paixão profissional, ser bem remunerado e não se sobrecarregar no trabalho.
Mas… O advogado pode ser empresário no Brasil?
Definir se o advogado por ser empresário depende da sua visão do que é ser empresário.
É que quando falamos em “empresário”, não estamos nos referindo ao profissional que advoga sem formar uma sociedade e vai tocando a vida sozinho. Isso não é ser empresário, é ser autônomo.
Por outro lado, serviços advocatícios não constam na relação de atividades permitidas para registro como Microempreendedor Individual (MEI), disponibilizada no Portal do Empreendedor.
Mas, então, o que fazer?
Bom, o fato de não poder ser MEI não significa que o advogado não possa ser empresário.
Advogados autônomos podem configurar suas empresas como Eireli ou como Sociedade Unipessoal de Advocacia (SUA) – modalidades parecidas com o MEI e que, com a exceção de algumas diferenças pontuais, também se enquadram em uma taxa tributária mais acessível e atrativa.
Por exemplo: se o profissional tiver um capital social mínimo, devidamente integralizado, equivalente a 100 vezes o salário mínimo vigente no Brasil – o que, em 2020 equivale a R$ 104.500,00 –, ele pode ser enquadrado como Eireli.
Além disso, os advogados também têm a possibilidade de abrir uma Sociedade Unipessoal de Advocacia, que é a constituição de uma pessoa jurídica pelo advogado individual. A sociedade unipessoal é peculiar à classe dos advogados e guarda forte ligação com o espírito da Eireli.
Em ambos os casos – Eireli e SUA –, o profissional pode aderir ao regime simplificado de tributação, o Simples Nacional, que oferece grandes vantagens em relação aos impostos e às linhas de crédito oferecidas para pessoas físicas e para outros enquadramentos de pessoa jurídica.
Quero ser um advogado empreendedor, e agora?
Se você chegou até aqui e decidiu que quer ser um advogado empreendedor e investir no Empreendedorismo Jurídico, saiba que esse é um caminho que exigirá bastante, mas que é muito recompensador, principalmente se você seguir alguns preceitos.
O primeiro deles é ser proativo. Não espere que os clientes venham até você: vá atrás das oportunidades e tenha uma postura ativa, dentro dos limites impostos pela OAB para a conquista de clientes.
Também é importante ser visionário e encarar a advocacia de forma diferente, para pensar em soluções únicas, abandonar o senso comum e se diferenciar da maioria.
Por fim, o preceito final é manter o foco, e não fazer desvios que não ajudem você a atingir seus objetivos!
E, para ajudar com todas essas tarefas, quero te convidar para aprender mais sobre o mundo do Empreendedorismo Jurídico através da minha newsletter semanal “Terça Maverick”, que você pode receber se cadastrando abaixo:
3 thoughts on “Empreendedorismo Jurídico: tudo sobre o futuro da advocacia”
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